sábado, 31 de dezembro de 2011

Mensagen de Feliz Ano Novo 2012


Que vc CURTA mais a Vida e menos o Facebook...
Que Suas maiores CONQUISTAS não fiquem só no Videogame...
Que COMPARTILHE muitos abraços...
Que saiba RESPEITAR mais as opiniões diversas...
Que descubra nos erros a FORÇA para as próximas vitórias...
QUE A RACIONALIDADE E O AMOR ESTEJAM POR TRÁS DE TODOS TEUS ATOS...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Porque é tão bom ter um gatinho. Homenagem ao Pompom e ao pequeno Maru que se foram...( Adeus Ano Velho )

Eu sempre gostei de gatos. Eles sempre foram meus animais favoritos.
                                                  *Eu ainda pequeno com gatinhos*

Gosto também de cachorros e de todos os animais... Mas os gatos sempre me fascinaram de um jeito especial.

Acho que pelo mistérios e pela leveza que eles carregam, pelo andar elegante, pelo olhar  sempre atento e vidrado, pela higiene, pela velocidade surpreendente, pelo carinho incondicional e oportuno, etc... não há um motivo para eu gostar tanto de gatos, mas eu gosto.

A alguns anos atrás tive um gato que era simplesmente incrível, ele foi o primeiro presente que eu e minha esposa ganhamos logo que fomos morar juntos. Ele era predominantemente branco com o rosto e o rabo amarelos...  Super gordinho e tinha uma mancha exatamente redonda nas costas na cor amarela. Por isso lhe damos o nome de POMPOM.
                               *Pompom lendo um livro na nossa humilde primeira casa*

A relação entre eu e minha esposa foi se desenvolvendo de acordo com o crescimento do POMPOM. E ele teve uma vida agitada. Gostava de noitadas e cantoria, mas sempre estava lá para me receber... Quando eu voltava pra casa após semanas no quartel...Pompom estava lá... quando tomei antidepressivos... Pompom estava lá... quando compramos nosso primeiro carro Pompom estava lá...  quando compramos nossa casa própria... Pompom estava lá... quando fiquei desempregado... Pompom estava lá... Vivemos muitos histórias e Pompom sempre estava lá, como seu ronrono e seu carinho, ele era muito malandro e curioso, ainda hoje é possível achar algum pelinho dele numa roupa guardada no roupeiro... Mas um dia percebemos que Pompom ele estava com dificuldade para urinar, mas não demos muita atenção, não parecia ser muito sério... mas uns três dias depois eu estava no pátio cortando grama, Pompom estava no meu lado como sempre esteve, ele olhou no fundo dos meus olhos e deu um miado mais grosso que o normal, tentou pular a janela e não conseguiu... Peguei-o no colo... Senti que ele estava fraco, forçando a respiração... Não pensei duas vezes, enrolei o Pompom num roupão de banho que ele adorava e levamos na clinica veterinária mais próxima.  A médica falou que ele tinha cálculos renais que não estavam permitido o gatinho urinar. Estávamos sem dinheiro, mesmo assim pedimos para que fosse feito tudo que se podia fazer. Se necessário faríamos um empréstimo o qualquer coisa do tipo... Parecia que ia ficar tudo bem... antes de sair, Pompom fez carinho esfregando sua cabeça em mim e miando fino mais uma vez... aquela noite foi terrível... chovia muito... eu e minha mulher chorávamos mais ainda...mas Parecia que ia ficar tudo bem... Não conseguimos dormir, a Veterinária tinha dito que se algo acontecesse ela ligaria... como ela não ligou, achamos que estava tudo bem... na primeira hora da manha fomos até a clínica e recebemos a pior noticia possível... Após receber os sedativos, a pressão caiu muito e ele não resistiu... Pompom que era tão esperto, que gostava de ir pra todo lugar que eu ia, mesmo na rua enfrentava os cachorros, que corria por cima das casa, que cassava passarinhos, que dormia nos cantos mais estranhos da casa, que gostava de carinho e dava carinho para todo mundo, que atendia prontamente ao primeiro chamado de seu nome, que sobreviveu a uma mordia de cacho e a um tiro de arma de fogo... Pompom de tantas histórias e tantas alegrias, mas que sempre estava lá nos esperando... estava morto... gelado, enrolado no seu roupão de banho, lindo e gorducho como da primeira vez que eu lhe vi... porém ele não mais me contaria nenhuma história.

A dor foi terrível... fiz questão de preparar uma lapide com as próprias mãos... tal como se estivesse preparando sua última caminha... chovia muito e a chuva lavava meu rosto... Deitei Pompom suavemente em sua última cama...enrolado em seu roupão com seus potes de ração e água, que era tudo que ele tinha além de nosso amor e carinho... Por mais que os gatos gostam de conforto, eles não precisam de carros e casas maravilhosas para serem feliz... A dor foi terrível enquanto eu o cobria com cimento e terra... essa dor ficou terrível nas semanas que se passaram...  Mas as alegrias de sua vida foram maiores, é elas que devem ser lembradas. Pompom só tina 5 anos, mas foram cinco anos intensos... Quem tem gato sabe que ele não vai abanar o rabo ou fazer um fiasco quando você chega, mas ele vai estar lá... ronronando lhe virá dar carinho e se aprochegar em seu colo.

Com a perda de Pompom, me acovardei. Disse para minha mulher e para o resto do mundo que não queria ter mais nenhum gatinho por um bom tempo. Embora amasse esses bichanos, não estava pronto para a possibilidade de sentir essa dor novamente tão cedo.

Se passou mais de um ano. 2011 vinha sendo um ótimo ano. Recebi uma sonhada promoção no serviço, me formei na faculdade, minha mulher entrou na faculdade, descobrimos que estamos grávidos da pequena Maria Luiza, a notícia mais importante e linda da minha vida!!! De repente as coisas começaram a degringolar...  Fui demitido sem justo motivo e sem nenhum tipo de aviso ou coisa do tipo... os dias estão passando e até agora não consegui sacar o seguro desemprego por causa se um erro do setor de RH. As contas não param de chegar e nada de conseguir um emprego no mesmo nível do meu antigo. Minha esposa sempre me deu força e achou o momento certo para trazer uma nova alegria para dentro de casa.

Enquanto fazíamos as compras no Hiper Mercado ela me pediu a chave do carro para botar um presente. Quando fui colocar as compras no porta-malas lá estava MARU. Um filhote lindo de uns dois meses aproximadamente, ele estava dormindo, todo esticadão... quando abri a tampa e conversei com ele... ele olhou no fundo dos meus olhos, deu um miado fino, me fez carinho e voltou a dormir.
                                                           *MARU lindo e esperto*

MARU era muito lindo. Pelo branco com algumas manchas entre o cinza e marrom, orelhas cinzas e rabo brasino, além dos belos olhos bens azuis. Ele iria ser abandonado no mato, mas minha mulher lhe ofereceu um lar e muito amor.

A alegria de ter um gato novamente em casa foi incrível! Principalmente um filhote brincalhão, bagunceiro, carinhoso e preguiçoso como era o Maru. Ele corria pela casa, caçava mosquitos e moscas enlouquecidamente! Uma noite houve uma invasão de cascudos e Maru se mostrou o caçador numero um destes insetos... até um cascudo enorme de uns 10cm Maru perseguiu!

Maru ia seguir os passos de seu xará japonês e virar sucesso na internet, ele já estava bombando no meu Facebook... Parecia que ia ficar tudo bem... Na última noite ele estava carinhoso como sempre, não adiantava minha mulher tirar que ele voltava para o colo, não deixa ninguém usar o teclado do computador... só queria dar muito carinho.

Pela manhã meu pai venho à minha casa e foi recebido com Maru rolando aos seus pés. Ficamos envolvidos com a obra do “puxadinho” aqui de casa, que logo será nosso novo quarto e uma nova cozinha, afinal a família está crescendo. Enquanto virávamos a massa e sentávamos os tijolos, Maru achava tudo aquilo muito divertido, se enrolava no plumo, se escondia nos tijolos... se sujou todo de cimento! Fomos almoçar, Maru ficou comportado ao lado da mesa nos olhando com seus vidrados olhos azuis. Eu até me surpreendi, afinal ele era tão jovem e já sabia que não podia subir na mesa! Terminada a refeição paramos para assistir TV, estava dando uma reportagem sobre animais abandonados pelos donos e doação... exatamente a história de Maru... Ele subiu na estante e começou a brincar com as imagens na dos outros gatos e cachorros da TV... como se falace: “Olha era isso que ia acontecer comigo e você me salvou”... Meu pai falou que ele poderia furar a TV, eu não preocupei deixei ele brincar... Nada tão bom quanto ter toda aquela alegria dentro de casa! 

Depois disso peguei ele no colo, fiz carinho, tirei um pouco do cimento de seu pelinho e coloquei Maru em cima da cama...

Passado uns dez minutos era hora de voltar a obra. Quando fui até a frente de casa abrir o portão para tirar o carro e ir comprar mais cimento, vi que Maru estava deitado no pátio do vizinho, Chamei ele apenas uma vez... ele não levantou a cabeça nem miou como da primeira vez... mesmo estando um dia muito quente de verão, ventava um vento frio que balançava os pelinhos brancos do Maru... foi ai que eu percebi que ele não mais respirava e que havia sangue no chão... Naquele momento, toda aquela maldita dor voltou... eu não veria Maru crescer, ele não brincaria com a Maria Luiza, não afiaria mas as unhas no sofá, não teria vídeos na internet, não caçaria mais cascudos, não voltaria a brincar com a TV, nem poderia dar mais carinho... O idiota do vizinho tirou o carro da garagem como um animal, não percebeu que Maru estava embaixo da roda, nem deu chance para ele sair... idiota maldito... não houve miado nem gemido... Maru não teve nenhuma chance... e mais uma vez eu não pude fazer nada... Maldita dor! Eu não queria enterrar outro gato tão cedo... olhar cada cantinho da casa onde ele deitava e ronronava é insuportável... sou muito fraco...
Tem gente por ai que fala que gatos são indiferentes e interesseiros... Quem fala isso são IDIOTAS que precisam de um bicho babando, fazendo fiasco e abanando o rabo com sua presença... INTERESSEIRO E INDIFERENTES SÃO OS SERES HUMANOS que sempre esperam algo em troca... que deixam pra depois... que escolhem o que querem esquecer para ganhar vantagens...SE APRENDI ALGUMA COISA COM POMPOM E MARU foi NUNCA DEIXAR PRA AMANHÃ O QUE SE PODE FAZER HOJE. Eles nunca deixaram de dar carinho, de abraçar, de dar amor... por isso os bichos não se importam com o futuro, pois SABEM AMAR NO PRESENTE... já nós seres humanos e racionas, trocamos abraços por promessas, carinhos por bugigangas, sorrisos por hostilidades... perdemos muito tempo esperando por pedidos de desculpas.
         *Ficamos pouco tempo juntos, mas valeu a pena... Ele não deixou nada pra depois*

Meu pai sempre diz que quando um mal acontece com um animal de estimação eram porque iria acontecer com um dono... eu queria acreditar nisso, mas sou racional demais para crendices... Só sei que quando Pompom morreu devido as complicações renais, minha mulher também estava com problemas nos rins e depois daquilo, nunca mais teve problemas, mesmo agora na gravidez... Eu tenho andado meio distraído, cabisbaixo, quem sabe não iria acontecer algo comigo nesse trânsito louco de fim de ano.

Enquanto estava escrevendo esse texto o telefone da minha mulher tocou, e nunca é bom quando isso acontece à meia noite e meia. Minha sogra que tem problemas cardíacos estava passando mal... tive que leva-la correndo como um doido para a emergência... Ela já chegou desacordada e agora está na UTI...  está melhorendo... tomara que fique tudo bem... Não estou pronto para mais dor.  

Adeus ano velho, adeus 2011! Finalmente 2012 está chegando! Vou lutar para construir um ano melhor, o ano que serei pai, o ano que deve ser o melhor da minha vida... Um ano novo de felicidade, um recomeço...

Como foi bom ter os gatinhos Pompom e Maru... Tomara que neste novo ano, tal como eles, eu consiga não deixar para amanhã os abraços e carinhos que posso dar agora... Pode ser que não exista amanhã.

Se eu ganhar na Mega-Sena da Virada ...

3.4.1 HABILIDADES DE INVESTIGAÇÃO



A investigação é a prática autocorretiva. Um simples comportamento não

pode ser chamado de investigação, primeiramente é necessário que a autocorreção

seja aplicada para que um comportamento se torne uma investigação:

                                                “A criança que tenta adivinhar para onde foi a bola – talvez para debaixo do

                                             sofá, talvez para traz da televisão – está envolvida em considerar alternativas,

                                            constituir hipóteses, testar e outras formas de comportamento que

                                            gradualmente poderão ser reconhecidas como “inteligentes”.(LIPMAN, 1995,p. 65)

Tal como outras habilidades a investigação possui vários níveis e ao longo da

vida do indivíduo pode ser que ocorram muitas diferenças de grau, mas poucas de

espécie. Através dessa habilidade a pessoa aprende associar suas atuais

experiências com tudo que já aconteceu em sua vida e com aquilo que espera que

aconteça. Assim sendo é através da investigação que podemos explicar e prever,

identificar causas e efeitos, atos e suas consequências, meios e fins, etc.




 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

3.3 SOBRE O PENSAR DE ORDEM SUPERIOR E O PENSAR COMPLEXO

O pensamento de ordem superior é o pensamento conceitualmente rico,
coerentemente organizado e persistentemente investigativo. Diferentes
investigadores com suas diferentes formas de encarar o pensar de ordem superior podem fazer as mais diversas objeções a estas três características básicas citadas.

Mas para Lipman, nenhuma objeção destes investigadores críticos parece ter força suficiente para superar alguma destas três características. (LIPMAN, 1995, p. 37)

O fato de haver divergências na concepção do conceito de pensamento de
ordem superior, não suprime o valor e a utilidade de tal conceito. Dentro da proposta de Lipman podemos aceitar perfeitamente este conceito como cronicamente contagiado pela inexatidão, desde que se tenha em mente que riqueza, coerência e curiosidade são pontos de ancoragem onde o pensar de ordem superior sempre retorna, mas não são pontos de apoio do qual nunca possa se afastar. Por fim, o filósofo desacredita da possibilidade de que um pensamento significativamente carente dessas três características possa ser considerado pensamento de ordem superior. (LIPMAN, 1995, p. 37-38)

Estando ciente de seu conceito básico, é necessário pensar de que forma se pode ensinar o pensar de ordem superior. Para Lipman o pensamento de ordem superior deve ser ensinado de maneira imediata e direta, para isso de se deve primeiro abandonar a noção tradicional que é possível ensinar o todo através da análise das partes33 e, consequentemente, que a simples implantação de habilidades cognitivas será suficiente para que os alunos desenvolvam o pensar de ordem superior.

Além das três características do conceito de pensamento de ordem superior, deve-se acrescentar que ele também é a fusão dos pensamentos crítico e criativo. O pensamento crítico é aquele que envolve o raciocínio e o julgamento crítico, enquanto o pensamento criativo envolve habilidade, talento e julgamento criativo.

Esta fusão se dá devido ao fato que não há pensamento crítico sem o mínimo de julgamento criativo, ou vice-versa. (LIPMAN, 1995, p. 39)

Um bom exemplo de como os alunos podem trabalhar diretamente o
pensamento de ordem superior é fazendo com que filosofem através do uso da Comunidade de Investigação. Para isso é lógico que é necessário que a filosofia esteja presente nos currículos de todos os níveis da educação, mas não estou querendo dizer que a filosofia deve se intrometer em investigar as outras disciplinas.

Julgo que cada disciplina curricular necessita ser autocrítica, no sentido de que façam os alunos refletir, investigar e debater acerca de seus fundamentos, de sua lógica e de sua metodologia.

Infelizmente o conceito de pensamento de ordem superior aqui apresentado é meramente normativo e não é descritivo34. Julgo que uma educação que busca a excelência do pensar, que também pode ser chamada de pensar complexo, deva se concentrar em buscar meios para transformar a normatividade deste conceito em “descritividade”. Para isso é necessário que os conteúdos sejam trabalhados de tal forma que façam com que os alunos estejam cientes das suas próprias suposições e implicações, assim como devem sair conscientes das razões e provas que sustentam uma ou outra conclusão acerca de determinado assunto de sua respectiva disciplina curricular. Caso contrário, a Escola além de estar entregando à sociedade pessoas que sabem muito pouco dos conteúdos ditos necessários para o bem viver em uma democracia, o tudo deste muito pouco que aprenderam continuará sendo totalmente acrítico e pouco significante para suas vidas.



 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!


33 O que quero dizer é que normalmente e por questão de tempo, as disciplinas escolares são ensinadas em diversos fragmentos e unidades. Dificilmente é apresentada noção da totalidade da disciplina. Sem essa noção é basicamente impossível trabalhar uma disciplina em ordem superior, isso porque sem a noção do todo é muito complicado os alunos desenvolverem critérios de julgamento crítico e criativo acerca dos conteúdos trabalhados.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Afinal, O que é Natal ?

Chegamos a mais uma véspera de Natal, na virada desta noite bilhões de pessoas estarão pelo mundo comemorando essa data.

Aqui no Brasil, certamente a grande maioria das famílias estará reunida para um jantar especial em virtude desta data. Alguns terão uma mesa farta com um belo peru assado ao centro, outros terão apenas uma janta simples  e, quem sabe, um frango com farofa.

Eu nunca fiz crisma, catequese, comunhão ou qualquer coisa do tipo. Na verdade cresci ouvindo minha mãe falar sobre o natal e seu desprezo por essa data. Porém tive aulas de religião na escola e aprendi que esta é uma data cristã, onde se comemora o nascimento de Jesus cristo que venho para livrar a humanidade de seus pecados. A festa seria o aniversário de Jesus e a troca de presentes uma simbologia para representar o amor ao próximo e também alguma coisa relacionada aos os três reis magos.

Como Agnóstico e filósofo (filosofrasto para alguns) nunca aceito uma história como verdade absoluta, por isso prefiro estudar racionalmente os assuntos que me interessam ou incomodam, dialogar muito, errar as vezes e acertar quando preciso...mas nunca quero ser o dono da verdade... se assim quisesse eu estaria usando um livro preto como desodorante.

A escola e igreja nunca me contaram algumas coisas:

Originalmente o Natal (25 de Dezembro) era destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis). Este Natal era uma festa muito popular em Roma, cheia de orgias e bacanais, afinal o Deus Sol Invicto era o deus principal do império desde o ano 270 d.C. Com a “conversão” do império para o cristianismo a igreja cristã precisava achar um jeito de “converter” esta festa em algo coerente com a nova religião. No terceiro século d.C. o natalis invicti Solis foi oficialmente transformado na data em comemoração da vinda de cristo à Terra... Uma bela artimanha  para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano e não acabar com festa. Ou seja, o natal não é o aniversário de Jesus de Nazaré.

Também não me disseram que o 25 de Dezembro...

 ...na mitologia celta é a data onde a “Mãe Terra” dá à luz a "criança Sol", que vem para anunciar um novo tempo...

...na Grécia antiga era comemoração do nascimento de Dionísio, deus do êxtase e do vinho.

...na Egito antigo era a comemoração do nascimento de Horus, deus do Sol.

...na Índia antiga era a comemoração do nascimento de Krishna.

...na Pérsia antiga  era a comemoração do nascimento de Mitras.

ETC...

Coincidências religiosas? Eu não acredito em coincidências, então entenda do jeito que quiser entender. 

Em fim, o natal me parece ser uma data de todos os credos...

Ainda existe aquele senhor de barba branca que viveu onde hoje é a Turquia, tinha pele morena, era bondoso com as crianças e vestias vestes de bispo... com o tempo ele foi ficando rechonchudo, branquelo, se mudou para o polo norte e passou a vestir vermelho (no estilo Thomas Nast, que foi que deu esta cor clássica para as vestes do bom velhinho) para trazer Coca-Cola bem geladinha para todo mundo.

Independente do credo, ou da falta dele, acredito que natal é uma data para estreitarmos o vínculo com as outras pessoas, e quem sabe odiar um pouco menos e amar um pouco mais. Acho que esse é o espirito! Uma pena ele estar decadente... A transformação desta data em uma data puramente comercial reflete a mesma decadência da “coca-colarização” do Papai Noel.

Este ano estou desempregado, minha esposa está grávida, o dinheiro está curto, não compramos presentes nem montamos arvore de natal... Estava caminhado com minha cadela, vi o alvoroço de gente na rua e pensei: “porque tanta agitação?”... “Ha, é”... “Hoje é véspera Natal, já ia me esquecendo!”

3.2 DIFERENCIAÇÕES PERTINENTES ENTRE O RACIOCÍNIO E HABILIDADES


     Não se pode confundir habilidades básicas com habilidade de raciocínio.


Tradicionalmente a ideia de habilidades básicas está relacionada com as ideias de

ler, escrever, calcular, ouvir e falar. Indiscutivelmente estas são habilidades básicas

no sentido de que sem elas é impossível que se aprenda ou ensine a maioria das

disciplinas curriculares. Por outro lado, se for analisado um pouco mais

atenciosamente, fica evidente que as habilidades de calcular, ler, escrever, falar e

ouvir são “mega-habilidades incrivelmente complexas e sofisticadas”. (LIPMAN,

1995, p. 56) Tanto são complexas que várias das ciências existentes foram criadas

para tentar compreender e explicar as origens e o funcionamento destas megahabilidades.
     O raciocínio não faz parte destas mega-habilidades, ele é algo bem mais

simples, é uma espécie de habilidade anteriormente necessária para o

desenvolvimento das mega-habilidades. Mesmo sendo fundamentalmente simples,

existem vários níveis de raciocínios. Assim sendo, o grande desafio para

educadores e alunos quando o assunto é desenvolver o raciocínio, está em

organizar estes níveis de forma que possam se tornar ordenadores das mega-habilidades.

     Por fim, a Escola não pode partir do pressuposto de que à medida que as

crianças amadurecem e ficam adultas, naturalmente desenvolvem a habilidade de

raciocínio em seus mais diversos níveis. Para Lipman o repertório básico das

habilidades de raciocínio do adulto é naturalmente muito pouco diferente do

repertório da criança. (LIPMAN, 1995, p. 56-57) Indiscutivelmente o adulto possui

muito mais vivências e experiências de vida. Eu, como pensador, valorizo estas

vivências como fonte interessante para o desenvolvimento do conhecimento de um

indivíduo e de uma sociedade. Mas essas vivências só possuem valor se a pessoa

aprender algo com elas, para isso é necessário que esteja capacitada a presumir,

supor, comparar, inferir, contrastar, julgar, deduzir, induzir, classificar, descrever,

definir, explicar, etc. Todas estas habilidades citadas são posteriores a habilidade de

raciocinar. Devido a isso, julgo que se a Escola não estiver voltada para o

desenvolvimento do raciocínio, as mega-habilidades e consequentemente toda

aprendizagem das disciplinas, estão ameaçadas e estaríamos correndo o risco de
estarmos formando uma grande quantidade de analfabetos funcionais32 ao final do

Ensino Médio.


 Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!

32 Entendo como ‘analfabeto funcional’ aquela pessoa que lê e escreve, mas tem severas dificuldades

para compreender o que lê e para expressar de maneira clara através da escrita aquilo que está

pensando.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Enfermeira, O Yorkshire, Os outros problemas e as Falácias envolvidas.

           Escrevi  ainda essa semana o texto “O Caso da Enfermeira Assassina de Cachorro” aqui no blog justamente para questionar o fato de que a maioria das pessoas estão tendo reações reacionárias sobre o caso.


Basicamente estou vendo dois tipos de reacionários neste caso:


1° Os que estão espalhado mensagens de ódio conta enfermeira;


2° Os que estão espalhado a Falácia do Falso Dilema sobre o caso.

Quanto ao 1° tipo eu já falei no primeiro texto e gostaria de deixar claro que não estou julgando nem acusado ninguém de indiferença quanto a outros problemas ou coisas do tipo. Não foi essa a intenção daquele texto, eu falei sobre estarmos sendo violentados todos os dias pelo sistema e que nessa história da enfermeira existem muito mais coisas do que um simples protesto pelo direito dos animais e pelo aumento da pena para os maltratadores. Em nenhum momento critiquei as pessoas que realmente estão LUTANDO pelo caso e que não vão descansar até que seja feita justiça. Também falei o porquê a opção por este protesto e não por outros tantos como a “a miséria Brasil e a exploração infantil” mas em nenhum momento eu falei que as pessoas estavam escolhendo o Yorkshire em detrimento do Sofrimento das pessoas... Mas quem age de maneira reacionária não enxerga um palmo a sua frente, logo que postei o texto sugiram alguns “trollolololous” falando esse tipo de besteiras... eu abomino esse tipo de postura!


Mas tudo bem, neste texto de hoje vou falar de maneira simples sobre o 2° caso de Reacionários.


A Falácia do Falso Dilema


         Eu já estava pensando em escrever sobre isso, mas hoje pela manhã me deparei com o texto “O cão, o garoto gay, o político corrupto” do filósofo Alexey Dodsworth e encontrei tudo que precisava. Dar-me-ei o luxo de apenas “simplificar” suas palavras e lançar alguns “pitacos”, por isso os créditos das próximas palavras, tu deves creditar ao amigo em questão...


         Em nosso dia-a-dia e principalmente nas postagens do Facebook, Twitter e Orkut o que mais encontramos são falácias. Pequenas “mentiras” feitas para mexer com o interlocutor e tenta-lo convence-lo de uma opinião sem muitos fundamentos.


         Uma delas está sendo muito usada neste caso da enfermeira assassina de cachorro... é a Falácia da Falsa Escolha, ou do Falso Dilema( se preferir chamar assim).  

A estrutura do falso dilema é bem simples:
“Ou A ou B. Se não A, logo B.”

Não entendeu? Vou tentar explicar melhor: Certamente Você viu “contra protestos” ao caso da enfermeira e seu cachorro na internet, ou mesmo pessoas falando por ai, feitos nos seguintes moldes:


“Vocês estão mais preocupados com um cachorro do que com as pessoas morrendo!”


“Essa gente prefere defender o direito dos animais ao invés de defender seus próprios direitos!”


“Vamos deixar de lado essa enfermeira e lutar contra a corrupção”


“Não adianta ficar postando isso na internet e não fazer nada”


ETC..


A charge abaixo foi uma das que mais vi ser publicada dias atrás, tanto no Facebook quanto no Twitter:

Se A, então não-B = Isso é FALSO minha gente!!!
“Ora, não é verdade que quem se importa com animais abandonados não liga para injustiças sociais.”
Insinuações em contrário, ainda que engraçadas, são maldosas. O que acontece é bastante simples de entender: as pessoas, por motivações diversas, são mobilizadas com mais intensidade por algumas coisas.” No meu texto anterior sobre o caso eu fiz minha teoria sobre o porquê falar tanto do cachorrinho espancado até a morte.

         Como visto, a Falácia da Falsa Escolha, ou do Falso Dilema está disseminada em nossa vida on-line. Ela sempre surge quando, no discurso falado ou escrito, alguém insiste ou insinua que duas opções são mutuamente excludentes, o que geralmente é mentira.


“Trata-se de um recurso muito utilizado no jogo político, quando se tenta cooptar a população a fazer uma escolha entre A ou B, ainda que A e B não sejam as únicas opções reais.”


Neste caso fica evidente que a pessoa que protesta contra a enfermeira ou luta pelo direto dos animais, ou ainda pelo aumento da pena para crimes desta origem; essa pessoa pode muito bem estar engajada na luta contra a corrupção, o crime, prostituição infantil, fome no mundo, etc...bem como pode não estar. Não há excludentes aqui.
Não usamos falácias só de maneira intencional. Ninguém é malvado por falaciar... Principalmente num ambiente que instiga a atitude reacionária como as redes sociais. A “pseudológica” se infiltra em nossa comunicação cotidiana, e mesmo o mais treinado dos filósofos pode incorrer nesse tipo de “erro”.


O senso comum aceita a Falácia da Falsa Escolha, ou do Falso Dilema com bastante facilidade. Mas seja dito que ela é totalmente falsa e pode ser maldosa! Então tenha cuidado para não ser manipulado!


O poder de persuasão e consequentemente de manipulação desta falácia está no fato de que sua forma lógica é aparentemente coerente e se não refletirmos ou se faltar conhecimento sobre o assunto, ficamos inclinados a aceitar.


Vamos a um exemplo real muito simples:


A)“Os paulistas são palmeirenses ou corintianos. João não é palmeirense. Logo, João é corintiano”


Notem que a estrutura seria válida, se de fato todos os paulistas fossem apenas palmeirenses ou corintianos. Mas não é verdadeira, pois existem paulistas santistas, flamenguistas, paulistas que não gostam de futebol, etc.


B)“Ou mantemos armar nucleares, ou seremos atacados”


Falsa escolha evidente: não ter armas nucleares não implica necessariamente em ser atacado.


Voltando ao caso da enfermeira torturando e matando um cão yorkshire...

 “É quase uma lei da natureza: sempre que alguém fala da importância de cuidar dos animais ou milita em prol dos direitos animais, surge alguém questionando por que as crianças de rua não são importantes, ou por que os militantes de direitos animais não se importam com racismo, homofobia, misoginia, ou [insira aqui a causa de sua preferência]”... Foda-se! Já falei sobre isso no outro texto.


Trata-se de clara falácia do falso dilema.


Ou direitos dos animais ou direitos humanos.
Ex:"Alessandra escolheu direitos animais, logo não escolheu os direitos humanos. "

Falácia!

Mais uma vez, este argumento é totalmente falso. O fato de uma pessoa sentir mobilização para lutar pela causa dos animais não significa que ela não se importe com os direitos humanos (e vice-versa). Qualquer tentativa de insistir nisso é maldosa e não tem lógica nenhuma. Assim falou Alexey Dodsworth e eu concordei e dei “pitacos”.


***


Somos livres e carregamos nossas vivências e sentimentos. “Há quem sinta especial mobilização pelos direitos dos animais. Há quem sinta especial mobilização pelos direitos humanos... Uma coisa não exclui a outra, e não são os outros que devem determinar (sobretudo a partir de argumentos coercitivos e falsos) as causas pelas quais nos importamos”... Até porque essas causas podem ser inconscientes e no fundo julgo que todas essas lutas, são lutas contra a estrutura que chamamos de SISTEMA. Algumas coisas tem mais poder de mobilizar do que outras, o caso da enfermeira assassina de cachorro se mostrou uma destas.


         Além das falácias... Devemos ter cuidado com o “ódio” que verte dos comentários de casos como esse e principalmente contra os hipócritas que adoram falar uma coisa e agir de maneira oposta... mas não estou aqui pra julgar ninguém...


         Por fim, e querendo por um ponto final neste assunto (pelo menos pra mim) Achei a multa de R$3.000,00 muito baixa para a enfermeira... o desejo de vingança do povo me parece muito maior do que isso... por isso mesmo pensem bem em que vão votar em 2012... Afinal, serão os seus eleitos que poderão mudar essas leis...na próxima eleição, vote com a razão!!!


***


Mais uma vez agradeço a Alexey Dodsworth e recomendo site http://devir.wordpress.com