terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Quando digo que faço FILOSOFIA...

Frases de Filosofia - Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça. - Romain Rolland


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Vlog Filosofando - A Idade Média Nas Redes Sociais


Primeiro vídeo do Vlog Filosofando. O Vlog oficial do blog www.filosofiahoje.com e de Fabio Goulart. Me perdoem pelos momentos toscos, deixe seu comentário que no próximo vídeo eu juro que faço melhor...

Falei ai de como a internet tem se tornado um bizarra espécie de "idade média virtual" citando como exemplo o atropelamento dos ciclistas da Massa Crítica, os protestos na USP e o caso da enfermeira assassina de cachorro....Tem um Bônus, que aguentar ver até o final vai conhecer minha cachorra Leona, minha labradora linda. XD

A Racionalidade tem feito muita falta neste Brasil !

Links relacionados:

Vídeo do atropelamento: http://www.youtube.com/watch?v=9G0C-ULYwwg

Mensagem sobre os protestos na USP:http://www.filosofiahoje.com/2011/11/protestos-na-usp.html 

Falácia do falso dilema: http://www.filosofiahoje.com/2011/12/enfermeira-o-yorkshire-os-outros.html 

Guerra aos reacionários:http://www.filosofiahoje.com/2011/12/reacionarios.html

O caso da Enfermeira Assassina de Cachorro:http://www.filosofiahoje.com/2011/12/o-caso-da-enfermeira-assassina-de.html 

Filosofia Hoje e Sempre!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Luiz Carlos Prates falando Merda ao vivo e sendo ovacionado pelo povo.




Tenho um comentário sobre Luiz Carlos Prates... Falou um monte de merda com tom de autoridade, mas digo: Quem fala como autoridade e fala merda, a merda tem o dobro do peso... Irrecuperável é mídia e o jornalismo brasileiro. Acho que ele tem assistido muito BBB.

Sou professor de filosofia FASE (antiga FEBEM de Porto Alegre) sim, minha missão é fazer com que menores infratores reflitam sobre a realidade e o mundo... Sobre a lei 12.594(Sinase) tenho a dizer que Não tenho ainda uma opinião formada sobre o assunto, mas posso lhe dizer é que quando você está lá frente-a-frente com eles, percebe que no fim das contas são só crianças. Cometeram atos repudiáveis pela sociedade , mas são só crianças(se tivessem matado alguém da minha família...mesmo assim seriam só crianças), não precisam de cadeia, precisam ser educados, o Estado precisa lhes dar condições de um futuro melhor, pois o passado e o presente deles já está perdido.

Com exceção de uma pequena minoria que tem sérios problemas psicopáticos... Foi o próprio Estado que lhes corrompeu e lhes transformou em bandidos. Cabe a esse mesmo Estado lhes reeducar e, mais do que isso, lhes dar condições e possibilidades para um mundo melhor.

Claro que cada um escolheu seu caminho e que deve "pagar" pelos seus erros. Mas esse falso moralismo cristão nunca nos levou a nada! (ops..nos levou à Idade Média). Além disso a lei em questão é para beneficiar inocentes!!! Os filhos dos "bandidos" que são inocentes! Inocentes em situação de risco e que se o Estado permanecer omisso provavelmente seguirão o caminho bárbaro dos pais.  

Fica fácil para o povo ouvir um velho rabugento falando cheio de alfafas na boca como se fosse o dono da verdade, mas a verdade não tem dono não. Luiz Carlos Prates é um decadente... tenho pena dele. Mais pena dele do que das vítimas feitas pelos menores em seus crimes.

Luiz Carlos Prates é a voz do sistema falido... o porta voz da péssima nova... o homem que quer que os filhos dos menores infratores sigam o mesmo caminho dos pais...é o homem que quer que a velha ordem seja mantida... é o homem que quer a ruina do futuro dos pobres e dos que cometeram crimes...

No dia que curar ódio com ódio for a solução Luiz Carlos Prates será deus e o “jornalismo verdade” será uma religião.

Luiz Carlos Prates é a voz do Brasil.

Mas onde está o povo ovacionado? Não vieram, ficaram em casa curtindo as redes sociais e compartilhando para um sistema cada vez mais decadente.

Frases de Filosofia - A superstição põe o mundo em chamas a filosofia apaga-as - Voltaire

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Polícia e Prefeitura contra Cidadão !

Olá eu Fabio Goulart, gostaria de compartilhar um texto do meu grande amigo Fabio Fleck e recomendar seu blog http://osomdaverdade.blogspot.com/. Acima de tudo gostaria de dar o parabéns por sua coragem em ter enviado esse texto para todas as autoridades responsáveis por esse abuso de todos os dias.

"SMIC e Brigada Militar contra Cidadão !



Prezados senhores, representantes e defensores dos cidadãos;

Nunca mandei um e-mail para um vereador, para um prefeito e nem nunca tive a pretensão de fazer nenhum tipo de denuncia em grande escala.

Vejo, escuto e convivo, com diversas atitudes absurdas todos os dias e certas vezes me pego pensando:
“- Bem! afinal, faz parte da vida, deixe pra lá!”

Porém, hoje, ví uma cena repulsiva, que não posso aguentar e a qual tenho que compartilhar, reclamar, denunciar e perguntar, se é assim que se faz: democracia, fiscalização e cidadania.

Estava passando, com dois colegas de trabalho pela Av. Voluntários da Pátria e em dado momento avistei uma aglomeração, notei algumas pessoas correndo e outras olhando.

Bem, quando percebi, estava no meio de uma cena, à minha direita, um senhor que aparentava uns 50 anos aproximadamente estava segurando uma sacola, com algumas mercadorias dentro e do outro lado, um fiscal da SMIC, que segurava a outra parte da sacola dele, de forma que a mesma rasgava-se e seus pertences caim no chão. Este senhor, estava tentando fugir correndo.

Dizia ele: “- As minhas coisas não, por favor, as minhas coisas eu vou levar!” 
Dizia o Fiscal: “- Não, tu não vai levar nada!”

Foi então, que apareceu um brigadiano e tirou de algum lugar um cassetete que parecia dobrável e com toda sua força, bateu com ele no braço deste senhor dizendo: “-Não Reage!”.

O senhor respondeu: “-Poxa! Vai me bater? bater não né? Como vou tentar reagir, tu tá me batendo?!”
O policial novamente bradou: “- Não reage!!!!”

Muitas pessoas, mesmo que com medo, começaram a reclamar desta atitude do policial e ele exclamou de novo: “- Ninguém perdeu nada aqui, então... circulando ! Todo mundo circulando!”

Isso é revoltante, não parecia a policia, mas sim um marginal! Sim marginal! Por que em minha singela opinião a policia militar, deve servir, proteger, intermediar situações com a população e visar sempre prevenções e segurança aos cidadãos, não espancamentos, ou imposição de autoridade coletiva na base do grito.

Parece-me, que há nesta situação que ocorreu, uma série de erros e demasiado desrespeito, policial não é juiz pra julgar, não é bandido para bater e não é descontrolado emocional pra gritar “à esmo” com qualquer um e sem razão.

Qual o crime ele cometeu? Não possui alvará? Não paga impostos? Não declara imposto? Tentou fugir da fiscalização? Desacatou autoridade? É! As justificativas de sempre!

Ou talvez, seja apenas um senhor com idade já avançada, que não estudou e em meio à crise financeira, está tentando sobreviver, tirar seu sustento de provavelmente sua única possível fonte de renda. Pensem que ele gastou dinheiro com as mercadorias, ele provavelmente não vendeu muito, como algumas grandes lojas de Porto Alegre (optante pelo SIMPLES em sua maioria). Ficou neste calor inenarrável, para tentar vender sua mercadoria, teve sua sacola rasgada, passou vergonha, tentou fugir, foi humilhado em público, ouviu poucas e boas e ainda apanhou, tudo isso passando por uma pessoa criminosa.

Ai alguém não gosta, quando se eu não ceder meu lugar para um idoso no ônibus ? Mas enquanto isso a policia pode bater nele ? Quanta hipocresia ! uma sociedade deturpada.

Imagino, como ele deve ter se sentido hoje! 

Talvez vossas senhorias, com seus Iphones e seus carros importados não saibam!
Mas por isso resolvi postar isso aqui. Para que todos saibam e para que possamos cobrar nossos direitos dos órgãos competentes, das pessoas que nos representam.

Vocês julgam certa esta atitude? Nem vamos entrar no mérito de infração, contravenção, ou como quiserem chamar. Mas penso que no mínimo um pouco de respeito seria suficiente para conduzir esta situação, ou seja, que o policial apenas intermediasse o fato, não com um pedaço de pau, até por que cá pra nós, um senhor de 50 anos não estava portando uma metralhadora portátil, não estava batendo no fiscal, bem pelo contrário estava era apanhando e sendo humilhado em via pública.

Este senhor, não possui somente deveres para com à prefeitura, ele também possui direitos. De não apanhar, de não ser humilhado e de não ter suas coisas atiradas ao chão, rasgadas. É uma questão de humanidade também. E quem os garantiu ?

Ele não pagou imposto desta vez? mas quando ele compra um pãozinho? quando ele pega o ônibus? Quando vai na farmácia comprar seus remédios ? ele não paga ? ou seja não é um criminoso ediondo, não é mesmo ?

Deveria ter sido respeitosamente orientado e não desta forma ridícula. Mesmo se ele tivesse matado alguém, deveria ter sido respeitado, até mesmo quem comete crime possui deveres, mas também direitos.

A policia não sabe disso ? não recebem orientações, treinamentos, não possuem código de ética ? Ou foi um complexo de dono da verdade misturado com o calor do momento ?




Se ele tentasse reagir a uma conversa/abordagem com o policial, o ideal seria, conduzí-lo até a delegacia, ou agir com um pouco mais de rispidez, isso eu admitiria, mas de maneira nenhuma bater, por que policia, não tem que matar, bater, gritar, pra fazer seu trabalho, o qual sabemos, que muitas vezes mau remunerado, estressante, sob pressão,etc....Mas, se ele está ali, deve ter em mente a visão, missão e o objetivo correto.

Pensei até em falar com este policial, mas imagina só se ele me bate com este cassetete?

Amanhã com certeza eu não iria trabalhar, provavelmente seria agredido e isso terminaria em um longo processo judicial e até mesmo em prováveis outros caminhos, mas então, decidi fazer o que acho que está em minhas mãos, publicar isso na internet e cobrar uma posição de quem está ai pra defender e representar o cidadão.

Peço desculpas, pelo modo de como está escrito, mas isso será um “post” no Blog: http://www.osomdaverdade.blogspot.com e ficará exposto na internet, bem como a resposta, também será cobrada e postada.

E a pergunta é:

"É assim que a brigada militar e a SMIC procedem"? "Isso está correto"? "Vai continuar" ?
"O que nós podemos fazer para tentar melhorar e ajudar"? "O que vocês irão fazer ou estão fazendo para ajudar" ?

Respeitosamente: Fábio Fleck (Porto Alegre – 19/01/2012)."

Frases de Filosofia - O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda. - Bertrand Russell


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A internet precisa se manter livre! #StopSOPA

A internet precisa se manter livre!

Vamos Lutar contra a SOPA, PIPA e toda lei burra que tente censurar a liberdade da maior comunidade de pensadores livres do mundo!
Você tem o direito de ver seus vídeos, ouvir suas músicas, jogar seus jogos e compartilhar tudo isso com que você gosta.

***Se manter a internet livre é algo com que você também se preocupa, faça a sua voz valer, compartilhe, espalhe, proteste!***

Enchentes e Maracutaias

Todos os anos a época das enchentes chega ao fim...
Dai eu me pergunto:
Chegará o dia onde a Falcatrua e a Maracutaia irão acabar???

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

EPTC Ninja Team


A nova lei permite que seja feita a fiscalização de transito com radares aferidores de velocidade em locais que não estejam sinalizados por placas...

Isto significa que você deve sempre dirigir dentro da lei não somente para não se envolver em acidentes, mas também para NÃO ser multado...

Alguns municípios estão indo ainda mais longe.
Em Porto Alegre foi possível ver o Ninja Team da EPTC ( Empresa Pública de transporte e circulação) em ação camuflados atrás de um poste na Av. Ipiranga.

Segundo o que consta os ninjas só foram localizados devido a falta de experiência em campo. No futuro será impossível localizá-los.



Calor neste exato momento:

#FATO

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CONCLUSÃO e REFERÊNCIAS da CRÍTICA À ESCOLA



É incrível o quanto uma investigação autocrítica em nossas próprias vivências escolares pode revelar interessantes questões para serem analisadas pela filosofia da educação. Principalmente porque este trabalho teve como objetivo criticar o engessado modelo da Escola padrão e apresentar uma alternativa mais interessante e gratificante para toda a comunidade escolar.



Independente da cultura em que a Escola está inserida, ela está lá com base nos pressupostos de que as crianças precisam aprender e que ela é a instituição responsável por ensinar. Não existe problema algum até este ponto, as questões surgem a partir do momento em que começamos a investigar o quê e como é que a Escola deve ensinar.


Foi evidenciado que ela não deve adestrar as crianças para o combate ou
servir aos interesses de alguma facção específica. A Escola deve ser a
representante universal de todas as facções, atuando ativamente na mediação entre os interesses públicos do Estado e privados da Família. Mas como ficar nesta posição sem correr o risco de perder sua autonomia frente às outras instituições?



O fim último da Escola enquanto instituição sempre deve ser a formação de
seres humanos educados, racionais e razoáveis. Mas durante a execução desta nobre missão, algo acontece. Os alunos perdem o interesse pelo ensino e os pais começam a desconfiar da capacidade da Escola de educar seus filhos. Surge assim a necessidade de transformar a Escola em algo mais transparente para os pais, interessante para os alunos e gratificante para os professores. Para Lipman as crianças se desinteressam pela Escola quando percebem que ela é um ambiente completamente regrado que impede que as descobertas aconteçam naturalmente, exatamente o contrário do que acontecia no caótico e estimulante ambiente da Família. Analisando minhas próprias vivências enquanto aluno, percebi que a educação tradicional padrão não possui estímulos naturais que consigam manter os alunos interessados por muito tempo, transformando a vivência escolar em algo completamente tedioso. Foi revelado neste trabalho que as radiantes e curiosas crianças do início da vida escolar não se tornam os desestimulados e sem interesses adolescentes do final do Ensino Médio devido à evolução biológica ou psicológica natural que ocorrem nesta fase da vida. Também não é devido à natureza da Escola enquanto instituição, afinal durante toda vida escolar as crianças continuam indo à escola para aprender. O que torna a escola chata e desinteressante é a maneira estruturada com que as coisas acontecem e com que os conteúdos são abordados.



Este desinteresse é fruto do paradigma da educação padrão que vem sendo aplicado no processo ensino-aprendizagem já a muitos anos. Neste paradigma os conteúdos são inflexíveis, o conhecimento é despejado de maneira ditatorial pelo professor e o muito pouco do tudo que os alunos aprendem, aprendem de maneira acrítica.



Como alternativa a este paradigma, foi apresentada a teoria da educação
enquanto Comunidade de Investigação de Matthew Lipman, onde o filósofo defende sua visão de como a Escola deveria ser para que o pensamento de ordem superior realmente conseguisse ser desenvolvido em alunos de todos os níveis e idades.



Nesta proposta o professor deve abandonar a postura de ditador da verdade e os conteúdos devem ser apresentados de maneira ambígua e surpreendente. Toda Comunidade de Investigação deve ser autocrítica e reflexiva, assim sendo, mesmo quando os alunos chegarem a alguma conclusão sobre um assunto, esta conclusão não deve ser considerada como uma verdade absoluta. Ela deve estar sempre aberta a novas investigações, principalmente para permitir que a turma compreenda a metodologia que esteve por traz daquela conclusão. Esta reflexão acerca das conclusões também pode revelar lacunas deixadas por pontos que não foram abordados no diálogo, ou ainda, despertar a curiosidade e o raciocínio dos alunos realizando deduções e previsões acerca das consequências que aquela conclusão causará no restante do conteúdo abordado por aquela determinada disciplina.



Muito mais importante que qualquer conteúdo abordado, o diálogo sincero é a pedra fundamental de toda Comunidade de Investigação. Este diálogo é muito diferente de um acalorado debate e muito mais complexo que um simples bate-papo.


Nele cada indivíduo tenta enxergar a si mesmo no olhar do outro. Cada um
deve apresentar suas ideias não para tentar derrubar as opiniões alheias, mas sim para ajudar na elaboração de uma proposta maior que é fruto do interesse e do desenvolvimento coletivo. O seja, na Comunidade de Investigação o fim último da Escola é abordar os conteúdos de maneira racional para desenvolver, o mais próximo da excelência, o pensamento crítico e o pensamento criativo dos alunos.



Toda pratica escolar deve estar voltada ao desenvolvimento da capacidade
de julgamento. Desta maneira a Escola deve sair do estado de estagnação em que se encontra atualmente, para um navegar entre o julgamento crítico e o julgamento criativo, entre o tornar familiar e o tornar surpreendente, que possui a capacidade de transformar a nossa sociedade para melhor. A filosofia assume um papel importantíssimo nesta transformação devido ao constante incentivo à autocrítica, pela sua ampla capacidade de desenvolver o pensar de ordem superior e pela importância que o ato de filosofar possui em uma sociedade livre e democrática.



Talvez realmente não seja possível ensinar os alunos a pensar, a julgar, a
filosofar, a criticar ou a serem criativos, mas certamente a Escola deve fazer tudo aquilo que for possível para estimular a prática e o desenvolvimento destas habilidades. Seguindo este raciocínio se deve acrescentar ao pressuposto universal de que as crianças vão à Escola para aprender o fato que devem ir à Escola para aprender a pensar com a própria cabeça.

Desta educação racional culminará a evolução da democracia tradicional em
democracia com investigação. Esta nova democracia investiga a si mesma e poderá ir a fundo na origem da desigualdade e dos problemas estruturais de nossa sociedade, revelando soluções que permanecem ocultas devido aos sistemas político-sociais existentes.



Lipman julga que qualquer mudança social deve começar na Escola. Não concordo plenamente com esta opinião, afinal a Escola não possui forças para reformar a si mesma sozinha. Existe um vínculo circular entre Escola e Universidade. Este vínculo obriga que qualquer mudança no processo de ensino-aprendizagem ocorra simultaneamente na Escola e na Universidade se deseja obter sucesso.



Este trabalho demonstrou que a filosofia da educação não pode estar indiferente a problemas de ordem social, tal como o bullying, pois a distância entre o desinteresse, a desatenção, o preconceito e a violência é muito pequena. A acelerada vida do século XXI deixa enormes vazios de identidade nas pessoas, principalmente nas frágeis e sensíveis crianças e adolescentes. Por isso que a Escola deve preencher de maneira não autoritária estas lacunas, a fim de combater o preconceito e a intolerância que costumam nascer destes espaços.



Por tudo que foi aqui apresentado, é evidente que uma boa alternativa para preenchermos estes espaços é desenvolvermos o pensamento crítico e criativo em todos os níveis da educação. Tal desenvolvimento deve tornar mais naturais os poucos incentivos que as crianças e os adolescentes podem encontrar para continuarem frequentado a Escola. Para estas façanhas a teoria das Comunidades de Investigação de Matthew Lipman se apresenta como uma proposta bastante promissora.



Por fim, avalio que este trabalho se encerra com uma gama muito maior de
questões em aberto do que possuía em seu início. Fato que já era esperado, visto que se trata de um estudo introdutório de filosofia da educação e que Matthew Lipman é um filósofo que não costuma a delimitar seus conceitos de maneira clara e inflexível. O que não era esperado é que muitos dos problemas aqui revelados transcendem os limites da investigação filosófica. Isso revela a necessidade de futuros estudos e diálogos interdisciplinares para desdobrar tais questões.



Qual ao certo é a importância destes debates para a própria filosofia? Esta é uma pergunta que a própria filosofia deve responder a partir dos rumos que a investigação tomar após o ultimo ponto final deste trabalho. É provável que esta filosofia que emana da Escola e se aplica à Escola, assuma tais características que nem mais possa ser chamada de filosofia, seja algo completamente novo. Capaz de revelar alguns valores que a filosofia sozinha e tradicional jamais conseguiu associar a si mesma.



REFERÊNCIAS



BUBER, Martin. Eu e tu. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979 170p.

CALLEGARI, Cesar. Consulta sobre a implementação das disciplinas Filosofia e

Sociologia no currículo do Ensino Médio <

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2008/pceb022_08.pdf > Acessado em 04

de Dezembro de 2010.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009

555p.

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método: Traços fundamentais de uma

hermenêutica filosófica. Petrópolis: Vozes, 2002 731p.

HARRÉ, Rom. A mente discursiva: os avanços na ciência cognitiva. Porto Alegre:

Artmed, 1999 159p.

LIPMAN, Matthew. O Pensar na Educação. Petrópolis: Vozes, 1995 402p.

MARX, Karl. Manifesto do partido comunista. Petrópolis: Vozes, 2001 151p.

PLATÃO. Ménon. Lisboa: Colibri, 1992 141p.

SUMARES, Manuel. Sobre da Certeza de Ludwig Wittgenstein. Porto:

Contraponto, 1994 69p.

WITTGENSTEIN, Ludwig Joseph Johann. Investigações Filosóficas. São Paulo:

Nova Cultura, 1999 207p.




 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

5.3 A UNIVERSIDADE E A ESCOLA


Sempre fui um jovem questionador e muito comunicativo, mas quando entrei
na universidade fiquei calado por algum tempo. Fiquei calado porque achava que não tinha nada para dizer, sentia vergonha daquilo que havia aprendido nos treze anos anteriores em que vivi na Escola.



Hoje percebo que me calei porque havia um imenso vazio dentro de mim.
Este vazio nada mais era do que a falta que o pensamento de ordem superior faz na mente de um jovem que recebeu a vida toda uma educação acrítica e de repente se vê dentro de uma instituição de Ensino Superior.



Durante todo este trabalho argumentei que a Escola tal como ela é hoje
necessita de mudanças. Para elucidar que mudanças são essas e como elas podem ser feitas, apresentei a teoria da educação enquanto Comunidade de Investigação de Matthew Lipman. Porém, deixei uma questão em aberto: A Escola não possui forças para reformar a si mesma sozinha. Ela necessita da ajuda da Universidade e esta só poderá colher bons frutos após as fundamentais mudanças paradigmáticas das quais dissertarei nos próximos parágrafos.



Normalmente se pode dividir a educação em dois grandes níveis: Educação
Básica e Educação Superior50. A educação básica é formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, enquanto a educação superior é formada pelas graduações, pós-graduações, mestrados, doutorados, pós-doutorados, etc.



Esta divisão revela algumas questões interessantes para serem abordadas.
Primeiramente, a educação básica recebe esta nomenclatura porque é a base de tudo que possa vir após seus ensinamentos. Isso significa dizer que tanto os alunos universitários, quantos seus professores tiveram como base de sua educação a Escola. Com isso está criado um vínculo circular entre Escola e Universidade, onde a Escola forma os alunos que vão para Universidade, que forma os professores que vão para Escola formar os alunos que vão para Universidade, e assim por diante.



Devido a isso, julgo que qualquer mudança no processo de ensino-aprendizagem que deseje ser positiva na transformação de nossa sociedade deve ocorrer na Escola e na Universidade simultaneamente. Caso contrário, corremos o risco de jamais superar o circulo vicioso de maus alunos, maus universitários, maus professores, maus alunos, maus universitários, maus professores...



Quando falamos em Ensino Superior, poderíamos deduzir que também existe um ensino inferior. Embora ninguém admita, a Escola é geralmente encara como responsável por um ensino inferior. Até os professores das escolas são encarados como “professores de segunda classe”, principalmente quando recebem seus salários no final do mês ou quando os doutores e grandes mestres da Universidade resolvem se reunir para debater os problemas da educação básica.

A maioria das propostas de mudanças para educação é feita nas confortáveis poltronas de alguns doutores da Universidade. Estas propostas possuem belas argumentações e estão baseadas em resultados empiricamente verificáveis, frutos das mais variadas experiências realizadas nos mais diversos tipos de escolas. Algo como uma meia dúzia de sábios cientistas que se reúnem em volta de uma gaiola, injetam veneno em alguns ratos, assistem os  animaizinhos se debaterem e depois escrevem belos artigos sobre o efeito de alguns cosméticos na pele humana. É evidente que já passou da hora de desenvolvermos o pensamento crítico e criativo em todos os níveis da educação. Um passo importante para este feito é o abandono desta postura de superioridade da Universidade em relação à Escola. Não estou querendo dizer com isto que as propostas realizadas até hoje não possuem valor, pelo contrário, elas possuem muito valor. Afinal, elas representam tudo aquilo que conseguimos pensar até o momento. Apenas julgo que tais propostas poderiam ser radicalmente melhoradas se os grandes doutores e mestres do mundo acadêmico abandonassem as condições quase perfeitas da universidade

e fossem vivenciar e elaborar suas propostas dentro do conturbado ambiente de uma escola pública. Interagindo com os que considera despreparados professores primários, olhando nos olhos das radiantes crianças da educação infantil e ouvido o que os desinteressados adolescentes do Ensino Médio tem para lhe dizer. Ou seja, é necessário que os pensadores da educação elaborem suas propostas dentro da Escola, considerando professores e alunos da educação básica como seres humanos dotados de razão, sentimentos, criatividade e vontade própria; e não mais como meros objetos de suas reflexões e teorias.




 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!



50 Existem também o Ensino Técnico e outras formas de ensino, mas não dissertarei neste trabalho sobre estas formas.

domingo, 8 de janeiro de 2012

5.2 A FILOSOFIA NA ESCOLA


Existem as mais diversas correntes de pensadores e pedagogos que defendem a inclusão da disciplina de filosofia no currículo escolar. O fato é que desde 2008 o ensino de filosofia se tornou obrigatório por lei em todas as escolas de Ensino Médio do Brasil. Isso não encerrou a discussão sobre a obrigatoriedade do ensino de filosofia, pois também existem aqueles que defendem o ensino filosófico desde a pré-escola, tal como Lipman, e aqueles que são contra este tipo de ensino na Escola.



O texto da Lei 11.684/200848 (CALLEGARI, Acessado em 04 de Dezembro de 2010) não especificava quais conteúdos e como estes conteúdos filosóficos devem ser ensinados. Assim sendo, temos pelo menos mais duas questões para este diálogo:




1° Como deve ser ensinada a filosofia obrigatória d o Ensino Médio?

2° Quais conteúdos devem ser abordados?




Quanto à primeira questão, existem as mais variadas possibilidades de argumentação. Poder-se-ia defender uma abordagem histórica, um ensino para a verdade, o ensino da lógica formal, um veículo para o pensar de ordem superior, um incentivo para o pensamento interdisciplinar, uma prática para a inteligibilidade, etc.


Para cada uma destas defesas já existem longas teses bem fundadas e antíteses bem coerentes. Neste momento, é necessário que se estabeleça um diálogo sincero49 e objetivo entre doutores de filosofia, pedagogia, psicologia, etc. Este diálogo também deve envolver os professores e os alunos das escolas de Ensino Médio, pois representam a parte diretamente afetada pelas decisões ali tomada. Julgo que somente após um diálogo desta magnitude, teremos respostas realmente contundentes para a primeira questão e consequentemente para a segunda questão também.


Enquanto este diálogo não ocorre, se deve estar ciente que a filosofia não se tornou obrigatória devido a seus feitos ou fórmulas. “[...] aprender uma lista de nomes e datas, [...] é como tentar memorizar os dizeres nas sepulturas em um cemitério.” (LIPMAN, 1995, p. 379) A filosofia se tornou obrigatória pelo seu constante incentivo à autocrítica, pela sua ampla capacidade de desenvolver o pensar de ordem superior e pela importância que o ato de filosofar possui em uma sociedade livre e democrática. Assim sendo, desde já se faz necessário que se ensine uma filosofia acessível e atraente para os alunos do Ensino Médio, a fim de permitir que eles possam aprender e vivenciar estas características que fazem da filosofia uma disciplina curricular tão importante.



 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!

 48< http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2008/pceb022_08.pdf > Acessado em 04 de Dezembro de 2010.

49 Chamo de diálogo sincero aquele em que todos apresentam suas reais intenções e não escondem nenhuma informação ou vontade particular para o grupo que está participando ou envolvido com a investigação.

sábado, 7 de janeiro de 2012

5.1 A INCOERÊNCIA DA ESCOLA


Durante o segundo semestre do ano de 2010 e paralelamente ao
desenvolvimento deste trabalho, tive a oportunidade de assumir a regência de três turmas do primeiro ano do Ensino Médio43 da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Rosa localizada periferia de Porto Alegre.

Além de adquirir experiência docente, aproveitei este período para aplicar a
teoria das Comunidades de Investigação em sala de aula e para observar
atenciosamente as relações existentes dentro da Escola. Ao final do trimestre fiz algumas entrevistas com alunos e mestres e pude observar diversas incoerências existentes:

1° Professores julgam que os alunos não possuem interesse em debater os conteúdos e por isso acham que muitas vezes é mais interessante ensinar “macetes” para que possam ter mais facilidade na resolução dos problemas propostos pelas respectivas disciplinas. Do outro lado, os alunos se mostram extremamente dispostos a debater e desenvolver racionalmente as questões. O que ocorre é que os alunos entram no Ensino Médio com severas preconcepções errôneas oriundas do Ensino Fundamental.


Muitos professores estão cientes disso e tentam abordagens que reestimulem os alunos. Porém esta abordagem geralmente é incisiva demais, tentando explorar questões que invadem a privacidade individual de cada aluno, este tipo de abordagem é extremamente equivocada principalmente em escolas de periferia, onde boa parte dos alunos convive diariamente com questões que ninguém gosta de revelar em público, tal como: violência doméstica, trabalho infantil forçado, criminalidade, exploração sexual, consumo e tráfico de drogas.

O resultado desta invasão é a revolta da turma e a criação de uma relação de ódio com aquela matéria e até com o professor em alguns casos extremos.

Outros professores acreditam que os alunos são capazes de aprender aquilo que será ensinado, com base nisso elaboram aulas fantásticas, trazem textos originais de autores consagrados, pois julgam que estas são as melhores fontes para desenvolver o conhecimento. As aulas destes professores chegam a ser superiores as aulas de alguns doutores da Universidade, o problema é que os alunos do primeiro ano do Ensino Médio ainda estão muito longe do nível dos alunos universitários.44 O resultado desta abordagem é a total indiferença da turma, pois os conteúdos são complexos demais, fato que os tornam desprovidos de significado para alunos daquele nível.

Em minhas aulas, primeiramente me apoderei de diversos textos clássicos e a partir deles criei novos textos traduzidos para uma linguagem acessível para os alunos. Criei um blog45 na internet com tudo que era abordado em sala de aula. Elaborei e distribui um cronograma mostrando os conteúdos e avaliações que seriam aplicados e deixei com que a Comunidade de Investigação mostrasse os rumos da argumentação. Surgiram temas recorrentes nos trabalhos dos alunos tal como gravidez da adolescência, drogas, eleições e copa do mundo. Se valendo de conceitos e procedimentos filosóficos, orientei os alunos a argumentarem e dialogarem sobre estes assuntos. O resultado pedagógico desta abordagem foi que consegui ensinar um conteúdo rico de significado para os alunos sem que para isso fosse necessário invadir suas privacidades individuais. Também foi possível que as turmas chegassem naturalmente, a partir de suas próprias ideias, a compreensão do trabalho da filosofia e de suas divisões, objetivo este que estava previsto para o trimestre em questão na escola trabalhada.

O resultado humano foi ainda mais gratificante, Iniciei o trimestre com turmas de onze ou doze alunos e no final já estava contando com turmas de mais vinte e cinco alunos. Estes “novos alunos” não foram incluídos no caderno de chamada pela secretaria da educação, eram alunos já matriculados, mas que preferiam ficar fora da sala de aula, namorando, praticando esportes, tocando violão, fumando ou usando drogas.


Com a transformação da aula de filosofia em uma Comunidade de Investigação filosófica, o interesse destes alunos pela disciplina foi reacendido, a maioria conseguiu notas acima da média e provaram para todos aqueles que duvidam que eles eram seres capazes de desenvolver o pensamento de ordem superior, que estavam errados.46

2° No geral os professores costumam afirmar que os alunos não sabem
trabalhar em grupo, afirmam que só alguns trabalham e que por isso a aula não rende. Resolvi arriscar, logo após no primeiro trabalho pedi que se organizassem em grupos. Não demorou, eles vieram até mim e perguntaram: “professor, grupos de quantos”, apenas respondi: “Formem grupos.” No início tentaram formar grupos demasiadamente grandes, provando assim que realmente não sabiam trabalhar em grupos. Houve muita bagunça e conversa não relacionada com o assunto, mas em pouco tempo conseguiram se organizar em grupos menores, o diálogo fluiu naturalmente. O resultado foi extremamente positivo, em pouco tempo todos estavam fazendo relações entre o prisioneiro da caverna de Platão e homem normal de nossa sociedade que aprende a filosofia e começa a filosofar. Também realizei um trabalho ainda mais ousado, levei um violão para dentro da sala de aula e pedi para cada um dos grupos criarem uma musica de tema livre e conteúdo crítico. O objetivo daquele trabalho era desenvolver a capacidade de expressão dos alunos.

Porém eles foram ainda mais longe, fizeram críticas fantásticas sobre a realidade cruel que enfrentam todos os dias e demonstraram os desejos mais ocultos de transformar positivamente suas realidades, feitos que jamais atingiriam em aulas acríticas e individuais.47

3° No geral os professores de ciências humanas, como a filosofia, não gostam de aplicar provas. De fato existem vários argumentos pedagógicos que apontam para ferramentas avaliativas mais modernas e funcionais que as provas.

Porém os alunos gostam de realizar provas, gostam de ser avaliados através de provas e gostam de sentir o frio na barriga na hora de receber as notas. Julgo que qualquer pedagogia que não leva em consideração aquilo que os alunos gostam de fazer e o que gostam de sentir, não será bem sucedida na busca de meios e métodos para tornar a vivência escolar em algo mais divertido e estimulante. Fiz prova de filosofia para meus alunos, a grande maioria foi muito bem. O fato é que a prova não prova somente os alunos, ela prova também o professor.


4° Existe uma espécie de crença infundada que tenta dizer que os desinteressados alunos do Ensino Médio não querem desenvolver suas ideias, querem apenas garantir uma boa nota no final do ano. Seguindo esta crença sem nexo, muitos professores distribuem notas espíritas para todos da turma. Chamo de espíritas estas notas porque não possui origem em nenhuma ferramenta avaliativa utilizada durante o trimestre. O fato é que quando você é aluno e estudou arduamente um trimestre inteiro, não há nada mais desestimulante e humilhante que ver um colega, que nem se quer frequentava as aulas, tirar uma nota final quase tão boa quanto a sua. Para levarmos a sério os alunos como seres racionais e pensantes, temos que avaliá-los de maneira clara e racional. Caso contrário, estaremos tratando-os como idiotas.




 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!

43 Como parte do estágio obrigatório de licenciatura em filosofia.

44 Pelo menos em sua maior parte.

45< http://asfaltovirtual.blogspot.com > Acessado em 04 de Dezembro de 2010.
46 Em entrevista com alguns alunos, eles me disseram que costumavam a odiar a disciplina de filosofia, pois a consideravam uma tremenda “encheção de linguiça”, mas que depois das minhas aulas perceberam o quanto pode ser uma disciplina interessante e útil para compreender melhor as outras disciplinas e para compreender nossas próprias atitudes.

47 Perguntei para um dos meus alunos se ele preferia trabalhos em grupos ou trabalhos individuais. Ele me respondeu que prefere trabalhar em grupo, pois cada um apresenta seu ponto de vista e a conclusão do grupo é um novo ponto de vista que ninguém do grupo tinha, ou seja, se pode desenvolver muito mais o conteúdo. Perguntei para outra aluna por que ela achava que a maioria dos professores não fazia trabalhos de grupos, ela me respondeu que no geral a turma não sabe trabalhar em grupo, mas não sabem, porque não estão habituados a trabalhar em grupo. E me questionou: “Como vamos aprender a trabalhar em grupo se ninguém nos der trabalhos em grupos?”