sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Filosofia Ácida

Vivemos numa era engraçada. Por todos os cantos se insinua que a diferença (pluralidade) é algo bom, que ela mostra a evolução de nossa mentalidade social. Eu concordo plenamente com isso. Não acho que um mundo onde todos pensam iguais, se vestem iguais, agem iguais, etc., seja aceitável hoje. No entanto, eu vejo que por detrás deste discurso oficial que proclama o imperativo do "respeito as diferenças" se mascara uma velha mentira: de que a diferença radicalmente "diferente" daquilo que se espera, não pode ser aceita. Falo isso tendo como base o próprio facebook. Muita gente espera que eu fale e escreva o óbvio. Que eu trate de temas fúteis, vazios e sem relevância existencial nenhuma para ninguém. Eu até poderia escrever posts sobre a poesia escadinava do século III. Talvez muita gente me idolatraria por causa disso, já que saber é poder. Poderia ser como Arnaldo Jabor, Paulo Coelho ou Pedro Bial. Eu teria muitos fãs e até "amigos" se começasse a postar sobre relacionamento, misticismo e "Big Brother". Pois afinal é pra isso que serve a filosofia na cabeça dos tontos: entretenimento depois de um árduo dia de trabalho e reflexão desconexa com a realidade. Mas não!!! EU Sou teimoso. Nego-me fazer filosofia café-com- leite, já que neste tipo de filosofia, o leite está sempre azedo. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

  1. O "respeito" às diferenças é próprio do cético. Alimentar o dogma do preconceito é o que garante a existência da pluralidade cultural e a interação das diferenças é a própria harmonia do ser. Por esse motivo heraclitiano, defendo a intolerância e a harmonia sem que isso, portanto, seja paradoxal.

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