domingo, 28 de julho de 2013

Stendhal define arte como promessa de felicidade. A indústria cultural soube usar muito bem esta ideia, transformando seus produtos "em promessa de felicidade". Nas novelas, através de sua ideologia do amor sem "classes", onde a mocinha rica se apaixona pelo rapaz pobre e vice-versa, nas propagandas de cerveja, onde aparece a ideia de recompensa sexual por um dia duro de trabalho, nas propagandas de posto de gasolina e de tubulações, que por serem de um humor extremamente estúpido, terminam por reforçar a ideia de que é na servidão que reina a felicidade, nas rádios populares tocando quase hegemonicamente um só tipo de música: o sertanejo universitário , no qual passa a ideia de que a felicidade estaria numa vida imatura ou sem ideias, onde o que reina é o tamanho do carro ou da bunda... O mais interessante é que a promessa de felicidade da indústria cultural nunca se cumprirá efetivamente. O mesmo não pode se dizer da arte. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)

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