sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Amarrações e Desejos Ocultos na Educação


                    Para Freud a educação se conduz na tentativa de não se acolher ao desejo, por isso mesmo, ensinamos errado nossas crianças na escola. Isto porque para ele se desejamos preparar o individuo para realidade (e essa seria justamente a função social do professor e da escola para Freud), é necessário que este mesmo seja capaz de reconhecer seus desejos.
                   Poder-se-ia associar a ideia de desejo às ideias de vontade, prazer e criatividade. Mas estes três conceitos juntos vão muito além e ficam muito aquém do sentido conceitual de desejo para Freud. O desejo freudiano age como uma faísca que desajusta o homem com si mesmo. O desejo gera insatisfação e esta por sua vez pode ser o primeiro passo para se começar a tecer um novo fio para a teia do conhecimento, mas para isso é necessário que os professores deem uma chance para desejo, não o reprimam no processo ensino-aprendizagem. Porém os desejos não podem ser completamente liberados, é necessário que sejam apresentadas as impossibilidades e limitações de cada desejo. Assim sendo, se a psicanálise tem alguma coisa a acrescentar a função social da escola e do professor, esta contribuição vai muito além da análise das fazes de desenvolvimento da psique, Freud está nos alertando a não reprimirmos os desejos, mas sim incentivarmos os alunos a descobrirem qual são e quais são suas limitações e impossibilidades.

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